Durante sessão semipresencial realizada nesta terça-feira, 15, a Câmara Municipal de Caucaia levantou o questionamento da falta de pagamento aos trabalhadores que estão na linha de frente no combate à pandemia da Covid-19.
Mesmo com pagamento sendo feito pela prefeitura, servidores da saúde alegam não terem recebido o salário referente às atividades exercidas durante o mês de maio e ameaçam paralisar atividades se a situação não for regularizada.
O vereador J. Wellington questionou a falta de pagamento de servidores da saúde e levanta a questão para a Fundação Leandro Bezerra, empresa contratada pelo repasse. “O prefeito Vitor Valim realizou o pagamento e a empresa ainda não repassou os salários para os seus contratados”, ressaltou J. Wellington aos colegas parlamentares.
Ele completa afirmando que o Executivo “tem feito de tudo pra fazer os pagamentos em dia e essa cooperativa responsável por fazer os repasses não está cumprindo com o que foi acordado em contrato”.
O vereador Weibe Tapeba ressaltou que muitos trabalhadores da saúde são contratados através desse convênio entre a prefeitura e a fundação Leandro Bezerra e está preocupado com a possibilidade dos colaboradores pararem suas atividades e prejudicar o atendimento dos caucaienses que procuram as unidades de saúde.
Os repasses à fundação chegam próximo dos R$ 3 milhões de reais segundo afirmou o prefeito Vitor Valim em transmissão online nas redes sociais.
“Esta empresa precisa ser chamada pra prestar esclarecimentos, pois se já foi feito o pagamento porque ainda não está nas mãos dos trabalhadores que estão se sacrificando na linha de frente no combate a pandemia?”, questionou o Weibe Tapeba.
Para a vereadora Dalila do Garrote, é inadmissível que trabalhadores tenham salários atrasados, principalmente no momento de alerta iminente de Covid-19 que o município e estado estão atualmente. “Não podemos correr o risco de ter atividades paralisadas nas redes de saúde do nosso município”, explanou a vereadora.
A Câmara repudia o descaso com a categoria e convocará a Fundação para dar explicações sobre o ocorrido.
Texto por Thomas Pacheco